Alunos criam pulseira que avisa pais surdos quando bebê chora

Pulseira que identifica o choro do bebê

Dispositivo foi idealizado por quatro jovens do curso de Design do Instituto Mauá de Tecnologia (SP)

fonte: revista crescer

Identificar o choro do filho fora de seu campo de visão é um dos principais desafios na rotina de pais e mães surdos ou que sofrem com perda de audição significativa. Pensando nisso, quatro alunos do curso de Design do Instituto Mauá de Tecnologia Artur Guiguer, Luiz Henrique Ferreira, Carlos Peres e Mateus Cherem do Design do Instituto Mauá de Tecnologia criaram o SILENCE, um projeto que alerta pais deficientes auditivos, através de vibrações emitidas por uma pulseira, que o bebê está chorando.

O SILENCE envolve duas pulseiras, uma para a criança e outra para os pais, que se conectam por Bluetooth. Quando a criança chora, a pulseira infantil detecta a frequência através de microfones embutidos e transmite a informação para a pulseira dos pais, que vibra. A vibração é capaz de acordar o adulto, caso esteja dormindo, ou simplesmente avisá-lo, se estiver em um cômodo diferente do bebê.

Os alunos envolvidos no projeto afirmam que não conheciam ninguém na comunidade surda antes de começar a pesquisar sobre o assunto, mas que queriam fazer um produto que tivesse impacto social positivo. “Nossa intenção é que as pulseiras ajudem a fortalecer o vínculo nas famílias que tem pais surdos e também dar mais autonomia para que possam cuidar dos filhos”, conta Artur Guiguer.

A pulseira infantil conta também com um rastreador GPS que transmite a localização do pequeno para um visor presente na pulseira dos pais. “Decidimos incluir o rastreador, porque em uma das palestras que fomos para a comunidade surda, um filho ouvinte de surdos nos contou do dia em que seus pais o perderam no shopping quando era criança. Ele falou sobre a dificuldade que foi para os pais reencontrá-lo porque não encontraram seguranças que falassem libras e não conseguiam pedir ajuda. O GPS poderia ajudar em uma situação como essa”, diz Carlos Peres.

Atualmente, o projeto está em fase de protótipo e precisa de investimentos para que o produto final chegue ao marcado. Com apoio financeiro, os criadores acreditam que o SILENCE poderia estar na prateleira em cerca de dois anos. Ainda não há valor estimado para o produto.

Estudantes criam aplicativo que traduz sinais de Libras para o alfabeto gráfico

Sistema foi desenvolvido em faculdade de Araçatuba.

A tela do celular mostra uma pessoa. A cena capturada lembra a imagem de alguém em pose para uma fotografia, porém o objetivo é outro. O sistema reconhece os gestos feitos com as mãos de quem é filmado e os transforma em letras gráficas. Esse é o funcionamento do aplicativo Hands Free, desenvolvido como TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) por dois estudantes de tecnologia em análise e desenvolvimento de sistemas da Fatec (Faculdades de Tecnologia) de Araçatuba.

A criação de Larissa Ceballos Gomes, 20 anos, e Rafhael Prates, 20, detecta sinais de Libras (Língua Brasileira de Sinais) pela câmera de um smartphone e os traduz. O app tem dois módulos. No primeiro, ele funciona como uma rede social para interação entre pessoas interessadas em aprender a linguagem, com foco em professores.

Essa parte do software que pode ser instalado em qualquer smartphone trabalha com o ensino do alfabeto manual por meio de imagens animadas do formato GIF (Graphics Interchange Format, ou Formato de Intercâmbio de Gráficos).

Fonte: Folha da Região

Novo software que traduz conteúdo digital para Libras

Criado em parceria com a UFPB, programa público traduz 11 mil sinais.
usuários podem incrementar dicionário.

 Gabriel LuizDo G1 DF
Segundo o coordenador do projeto, César Bomfim, o programa pode beneficiar cerca de 10 milhões de brasileiros com algum grau de surdez uma vez que boa parte não é alfabetizada na língua escrita. “O software consegue identificar 11 mil códigos [sinais] diferentes. É uma tecnologia de ponta que pode ser usada por qualquer um e inclusive ser adaptada para a TV digital.”

Como o banco de dados é público, o “dicionário” do programa pode ser incrementado por qualquer usuário. “É uma ferramenta colaborativa”, afirmou o secretário de Tecnologia da Informação do ministério, Cristiano Heckert. “Nós convidamos tanto os cidadãos quanto empresas, órgãos públicos, escolas, hospitais a fazerem uso dessa ferramenta, e também colaborarem no seu desenvolvimento, principalmente na ampliação do catalogo de sinais utilizado.”

Com custo de cerca de R$ 2 milhões, o VLibras demorou um ano e dez meses para ser desenvolvido. Além da versão para desktop, o programa também está disponível para plataformas móveis, como celulares e tablets, e pode ser instalado como plug-in (diretamente no navegador). Os serviços já se encontram disponíveis para download.
De uso gratuito, o programa também pode trazer economia para o governo federal. É uma forma de atender a lei 13.146, de 2015, cujo texto prevê que todo órgão público deve manter sites acessíveis para pessoas com deficiência.

“É de custo zero porque é público. Um órgão vai poder instalar o programa sem precisar fazer nenhum ajuste”, explicou o coordenador, César Bomfim. Segundo ele, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Infraero já se mostraram interessadas na ferramenta.

vlibras

Próximos passos

Um desafio a ser superado pela equipe da UFPB – responsável pelo desenvolvimento do software – é a falta de padrão para o uso de determinado sinal pelo Brasil. “São regionalismos. A pessoa pode entender um determinado sinal de uma forma em um estado e completamente diferente em outro”, continuou Bomfim, que disse ter se sentido estimulado no projeto pelo fato de a filha de uma amiga ser surda.

Outra intenção dos criadores é refinar o “entendimento” do VLibras, para que possa traduzir corretamente expressões da língua portuguesa ou termos específicos – científicos ou jurídicos, por exemplo. Os criadores do programa também tentam achar uma forma de implementar a tradução simultânea. Por enquanto, o programa é capaz de traduzir vídeos desde que venham com arquivo de legenda.

Central de Interpretação de Libras – CIL

 

Ontem estive no lançamento da Central de Interpretação de Libras – CIL, na Prefeitura de São Paulo.
Um momento histórico, de conquista da comunidade surda. A tecnologia aliada ao profissionalismo de interpretes facilitando a vida de pessoas surdas e surdocegos.
Abaixo a reportagem extraída do Portal da Prefeitura de São Paulo, Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida

Pessoas com deficiência auditiva, surdos e surdocegos da cidade de São Paulo ganharam a partir de hoje, 22 de setembro, um serviço de mediação na comunicação, a Central de Interpretação de Libras – CIL. Composto por 18 intérpretes de Língua Brasileira de Sinais, três guias-intérpretes, dois profissionais surdos, além da tecnologia e equipe administrativa, a CIL prestará atendimentos para os cidadãos paulistanos fazendo a interface com hospitais, postos policiais, praças de atendimento nas subprefeituras e demais serviços públicos em que for solicitada.
De acordo com o Censo 2010 do IBGE, a capital possui 516 mil pessoas que se autodeclararam com alguma deficiência auditiva, sendo 120 mil surdos ou com grande dificuldade em ouvir. Estimativas atestam para cerca de 250 pessoas com surdocegueira, que apresentam dificuldades tanto em ouvir quanto em falar.
A cerimônia de lançamento da CIL aconteceu na sede da Prefeitura de São Paulo em um auditório repleto de representantes da sociedade civil e de entidades, com a presença do prefeito Fernando Haddad, da vice-prefeita Nádia Campeão, da primeira-dama Ana Estela Haddad, a secretária Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Marianne Pinotti, e o secretário nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Antonio José Ferreira. A data marca ainda as comemorações pelo Dia Nacional de Luta pelos Direitos das Pessoas com Deficiência (21/9) e o Dia Nacional do Surdo (26/9).

No evento foi feita uma simulação de atendimento virtual da Central de Interpretação de Libras. Por meio da plataforma instalada no computador, uma pessoa com deficiência auditiva pode transmitir sua mensagem em Libras para todos os presentes por meio da tradução simultânea. “A CIL é uma vitória para a comunidade surda aqui de São Paulo, porque há muitos anos, o surdo sempre teve a barreira de comunicação, a falta de acessibilidade. Estou imensamente feliz em conseguirmos esta liberdade”, disse a presidente da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis), Ana Regina Campello, por meio da interpretação de Fernanda Wendy.
A CIL funcionará com três modalidades diferentes. Na “in loco”, o usuário solicita que um intérprete de Libras ou guia-intérprete (se for uma pessoa surdocega) se desloque até o serviço público em que ele precise de atendimento. Ele se comunica na língua de sinais com o intérprete, que faz a tradução simultânea para o atendente do estabelecimento e vice-versa. Na opção “presencial”, o solicitante se dirige até a CIL (localizada na sede da Secretaria – Rua Libero Badaró, 425, 32º andar, Centro) para que um intérprete o auxilie, por exemplo, em uma ligação telefônica que ele precise fazer para um órgão público. Essas duas modalidades já estão em funcionamento em projeto piloto desde maio e foram atendidas 121 pessoas. O atendimento funcionará de segunda a sexta-feira (exceto feriados), das 8h às 20h. As solicitações e agendamentos poderão ser feitas pessoalmente ou por telefone, email e whatsapp disponíveis no site www.prefeitura.sp.gov.br/pessoacomdeficiencia
Além das modalidades “presencial” e “in loco”, a CIL prestará também o atendimento virtual, que está em processo final de implementação. Graças a uma tecnologia própria e inovadora para a América Latina, qualquer pessoa com um smartphone, um tablet ou um computador com acesso a internet poderá baixar um aplicativo e utilizar a mediação da Central para reportar uma emergência médica, falar com um serviço público ou mesmo se comunicar diretamente por vídeo com outra pessoa usuária de Libras, por exemplo. Além disso, serão instalados totens em todas as subprefeituras para o acesso via vídeo ou texto aos intérpretes da CIL, que farão a mediação entre os funcionários locais e o solicitante.
A implantação da CIL é uma parceria com o governo federal, que enviou um carro para o atendimento “in loco”, três computadores, uma impressora e o mobiliário. Pela dimensão do público-alvo que vive na cidade de São Paulo, a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida está investindo mais R$ 6,9 milhões com equipamentos e contrato com uma empresa licitada por 24 meses que fornece 18 intérpretes de Libras, três guias-intérpretes, dois profissionais surdos, além da tecnologia

app para iPad ajuda surdos a sentirem música com vibrações

Ludwig: app para iPad ajuda surdos a sentirem música com vibrações

 

Raphael Silva (esq.), 23, é um dos desenvolvedores do Ludwig; app quer ajudar surdos a “sentirem” música

Um aplicativo feito por desenvolvedores de Campinas (a 99 km de São
Paulo) quer ajudar pessoas surdas a aprenderem e sentirem música. O
Ludwig, como é chamado o programa, foi um dos destaques do WWDC
(conferência de desenvolvedores da Apple), realizada em San Francisco
(Califórnia).
Durante o evento da Apple, o estudante de
engenharia da computação Raphael Silva, 23, apareceu mostrando o
funcionamento do aplicativo em um vídeo que exibia depoimentos de
desenvolvedores e exemplos de programas feitos para a plataforma da
Apple.
“Criamos o aplicativo pois queremos fazer o mundo igual
para todo mundo. Nosso objetivo é levar a música para todos”, disse
Silva, em entrevista realizada no Moscone West, local onde foi realizada
a conferência da Apple.
O Ludwig começou a ser desenvolvido em
setembro de 2013 e tem esse nome em homenagem ao compositor alemão
Ludwig van Beethoven, que ficou parcialmente surdo durante sua carreira.

O app consiste em uma espécie de piano e uma pulseira conectada ao
pulso do usuário –esse dispositivo tem uma vibração para cada toque
feito na tela. O programa conta com uma biblioteca de músicas. Após
escolher uma, o usuário pode ir seguindo as notas, como o jogo “Guitar
Hero”. As guias têm cores distintas e ajudam a educar os usuários sobre o
ritmo da canção tocada.
A reportagem testou o programa e achou
bem divertida a experiência, apesar de a maioria das músicas serem de
curta duração e haver poucas opções de canções –a única brasileira era
“Asa Branca. De acordo com Silva, o programa, por enquanto, só conta com
músicas que estão em domínio público.
“No momento, a gente
apenas ensina a pessoa a replicar os conteúdos que têm no aplicativo. No
entanto, a ambição é usar o programa para ensinar música para os
surdos”, afirmou Silva.
Apesar de ser o único representante do
projeto durante o WWDC, também fazem parte do desenvolvimento do Ludwig:
Joaquim José Fantin Pereira, Pedro Rafael, André Castro e Ivan Ortiz,
que, além de desenvolvedor, é trompetista profissional.
O Ludwig
ainda está em desenvolvimento. Por enquanto, os responsáveis pelo
software se dizem satisfeitos com os resultados obtidos com a comunidade
deficiente auditiva. O grupo quer deixar o aplicativo redondo para
poder lançá-lo na App Store.

Fonte:  Guilherme Tagiaroli
Do UOL, em San Francisco*

 

Investigadores criam aparelho para surdos que permite «ouvir pela língua»

Um dispositivo desenvolvido por investigadores da CSU (Universidade do Estado do Colorado), dos EUA, permite que pessoas com deficiência auditiva ouçam com um dispositivo Bluetooth, que deve ser colocado na língua. As informações são do jornal britânico The Telegraph.

Com o dispositivo (ainda sem nome), os cientistas envolvidos dizem que este deve ser uma solução mais acessível que os implantes cocleares, que consistem numa intervenção cirúrgica para colocar um dispositivo electronico no ouvido da pessoa.
«Implantes cocleares são eficazes e transformaram a vida de muitas pessoas, porém não é para todos. Achamos que o nosso aparelho funcionará tão bem quanto esses já disponíveis, mas ajudará mais pessoas, pois custa menos», disse John Williams, professor do departamento de engenharia mecânica da universidade, sem especificar quanto custaria uma versão comercial do dispositivo.
Os implantes cocleares captam som de fora do corpo e transmitem-no para o sistema auditivo. O aparelho da universidade norte-americana utiliza um pequeno microfone sem fios que envia esses sinais através dos nervos da língua. De acordo com Williams, leva entre três a quatro semanas a aprender a «escutar» desta nova forma.
O protótipo produzido pela equipe de pesquisa é grande, mas eles acreditam que vão conseguir reduzir consideravelmente o aparelho, de modo que fique escondido na boca.
Fonte: Diário Digital
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