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deficiencia visual | Mãos em Movimento Libras e Educação Especial

Braille Bricks – lego braille

Criado pela Lew’Lara\TBWA para a fundação Dorina Nowil, especializada no atendimento às pessoas com deficiência visual, o projeto Braille Bricks entrou na pauta da Lego, fabricante de brinquedos lúdicos que despertam as sinapses cognitivas dos consumidores. Premiado em vários festivais de publicidade, entre os quais o Cannes Lions, inicialmente não foi contemplado pelo www.legoideas.com, site da Lego para que pessoas do mundo todo enviem projetos envolvendo a marca. Se ficou fora do radar há cerca de dois anos, agora está no foco e será implementado globalmente pela empresa criada pelo carpinteiro dinamarquês Ole Kirk Christiansen há cerca de 100 anos.

A recusa da Lego não foi empecilho para Felipe Luchi, sócio e CCO da agência, e para a dupla de criação formada por Ulisses Razaboni e Leandro Pinheiro. Eles disponibilizaram o projeto no site Creative Commons para promover a campanha #braillebricksforall. Ou seja, qualquer fabricante ou instituição de ensino poderia produzir seu Braille Bricks sem custos. A repercussão foi gigantesca. Até o governo americano de Barack Obama aderiu à causa.

“O formato de comercialização não está definido. O importante é que a marca vai implementar globalmente o projeto. A Lego vai usar seu conhecimento para ajudar uma fatia importante da sociedade: crianças com deficiência visual e escolas. Quem trabalha em agência acaba se acostumando a ouvir uns não. Ideias novas não são aceitas facilmente. Mas nós seguimos trabalhando e acabamos fazendo o projeto sem eles, o que acabou gerando um resultado espetacular que os convenceu de que a ideia era boa. E tudo bem, ninguém tem de comprar ideias a torto e a direito. Eles agora estão muito dentro, conversando com a Fundação e prestes a lançar o projeto”, explicou Luchi.

Qual a importância dessa atitude da Lego para a Lew’Lara e para os cegos? Luchi responde: “Para crianças e instituições de ensino é absolutamente fantástica. Estamos perto disso ocorrer em escala global e o impacto será enorme. A Lego está fazendo um trabalho muito sério e estou confiante que nossa fagulha inicial desencadeou em algo muito maior que a Lew’Lara\TBWA poderia imaginar. Estamos satisfeitos e orgulhosos. Queremos que a Lego seja muito bem-sucedida. O projeto tem como essência a inclusão de crianças que carregam algum tipo de deficiência visual. O ensino do Braille é difícil e as máquinas são um pouco intimidadas. Transformar o ensino do Braille em uma brincadeira, com o respaldo de um brinquedo mundialmente conhecido, deixa a tarefa mais simples, usual e divertida”.

A ideia nasceu a partir de um insight da primeira observação do alfabeto Braille, o qual é semelhante às peças clássicas de Lego, que seguem o padrão 3×2 pinos. A partir dessa referência, Leandro e Ulisses tiveram o desafio de encontrar peças originais com as cores clássicas da marca. Através do portal Brick Link – comunidade de pessoas apaixonadas por Lego, que colecionam e vendem o item a granel –, foi possível conseguir os blocos em diferentes lugares do mundo. Finalizada a pesquisa, começou a produção, que durou seis meses. Para se chegar ao resultado esperado, mantendo as mesmas cores, power click (encaixe) e características do brinquedo, as peças, feitas uma a uma, passaram por cerca de nove etapas, entre elas: corte, lixa, alisamento e posicionamento dos pinos. Toda a ação, da ideia até a confecção, levou cerca de um ano.

fonte: por PAULO MACEDO http://propmark.com.br

saiba mais: http://www.braillebricks.com.br/

descrição da imagem: caixa amarela com várias peças coloridas de lego braille bricks, dentro e fora da caixa

Curiosidades sobre o dia a dia das pessoas com deficiência visual

Ademilson Costa

Você, em algum momento,  já parou para pensar como é a vida das pessoas com deficiência visual?

Já imaginou como fazem para cuidar da própria higiene? Será que conseguem realizar atividades domésticas: fazer comida, lavar e passar roupas, cuidar da casa e dos filhos? No caso daquelas que são totalmente cegas, como fazem para distinguirem as cores de roupas e demais utensílios? Tudo isso, sem falar de como fazem também para se locomoverem pelas ruas e utilizarem o transporte público. Enfim, será que elas conseguem estudar e trabalhar como as demais pessoas?

Antes de mais nada, é importante falar que os deficientes visuais precisam passar por um processo de habilitação/reabilitação. Este trabalho é realizado por entidades especializadas no atendimento a esse público específico. Psicólogos, terapeutas ocupacionais e professores de orientação em mobilidade são exemplos de profissionais que constituem a equipe multidisciplinar responsável por promover a autonomia e independência das pessoas com deficiência visual. Não posso deixar de mencionar que o apoio e atenção da família são determinantes, principalmente nessa fase de adaptação e superação das dificuldades.

Mas, afinal, como que os deficientes visuais conseguem realizar, na prática, suas atividades com independência?

No caso das atividades domésticas, é importante que todas as coisas fiquem organizadas em locais acessíveis para facilitar sua localização. Geralmente, os alimentos ficam guardados em recipientes com algum tipo de identificação, seja com etiqueta em braille, ou, simplesmente, pelo tamanho, formato e textura. O olfato também é um importantíssimo instrumento nessas horas! Aliás, quando se está cozinhando algum tipo de alimento, o uso de todos os sentidos é imprescindível: o tato, para sentir a disposição das panelas e textura dos alimentos; o olfato, para avaliar o odor e cheiro; a audição, para ouvir a efervescência e agitação; o paladar, para conferir o sabor e gosto dos alimentos. A partir disso, perceba que, para as demais atividades, os sentidos também “auxiliam” os deficientes visuais. Quando vão lavar e passar roupas, usam o tato e o olfato, para se certificarem da presença de sujeira e “amassadura” no tecido. Na higiene pessoal, também não há necessidade de ajuda de outras pessoas. Penteiam-se e se vestem sem precisarem estar diante de espelho. Tudo isso fazem até de olhos fechados! Risos

E por falar em se vestir, a informação das cores de roupas é importante também para quem tem a deficiência visual, inclusive, para os cegos. A separação e organização das peças de roupas depende muito da opção de cada pessoa, mas, em geral, são organizadas conforme tipo de tecido e cores informados previamente por alguém que enxerga.

A locomoção pelas ruas e pelos espaços públicos se dá com auxílio de bengala, com base nas instruções aprendidas na fase de habilitação/reabilitação. Obviamente, as barreiras de acessibilidade presentes nos espaços arquitetônicos e urbanísticos, sempre atrapalham a vida dos cegos! É por isso, que a solidariedade e a sensibilidade de todas as pessoas fazem a diferença gigantesca!

Eu não falei antes, mas gostaria de informar aos caros leitores deste artigo que sou deficiente visual de nascença. Sou casado com uma pessoa cega e temos uma linda filha que também é deficiente visual. Atualmente trabalho em uma das maiores instituições para cegos do país.

Sou normal como as demais pessoas: faço compras pela internet (com auxílio de leitores de tela no computador e no celular); frequento a estádios de futebol; realizo compras no mercado; assisto a cinemas e peças teatrais (com auxílio da audiodescrição); ando para cima e para baixo com minha bengala.

Portanto, acredito que a felicidade não consiste em ter visão ou não. Ela, sem dúvida alguma, consiste na capacidade de enxergar com os olhos do coração e da alma!!!

Pense nisso!

Designer cria fonte que combina a escrita em Braille com a tradicional

Com o intuito de quebrar barreiras e incluir os deficientes visuais no cotidiano, o designer Kosuke Takahashi criou uma tipografia que une a escrita tradicional ao braile. Como? Te explico a seguir!

O japonês Takahashi, percebeu que, com um padrão de apenas 6 pontos, é possível transformar as letras do alfabeto latino perceptíveis aos que não podem ver. Desta forma, com o relevo e o posicionamento correto, é possível que um mesmo texto possa ser interpretado por qualquer tipo de pessoa.

O designer pretende aplicar a sua criação o mais rápido e no maior número de locais possíveis, para que logo se torne familiar a todos. Takahashi sugere que a tipografia seja implementada em locais públicos onde a linguagem braile já está integrada mas não com a devida relevância, e também que esteja já na próxima edição dos Jogos Olímpicos, em 2020.

“A Braille Neue aborda essa questão, ao tornar o braile mais acessível para ser usado por pessoas sem deficiência visual. Ao divulgar essa fonte tipográfica, acredito que mais pessoas ficarão familiarizadas com a linguagem”.

Ele afirma ainda que a fonte pode substituir as atuais sinalizações no espaço público, com apenas fazer alguns ajustes.

“É fácil implementá-la na infraestrutura existente e é também um trampolim para um futuro mais sustentável e inclusivo após 2020”.

UFMG oferece 4 CURSOS EAD GRATUITOS sobre Educação Inclusiva com certificação

Cursos Nescon, é um programa de qualificação para a Atenção Primária em larga escala do Núcleo de Educação em Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina da UFMG – Nescon/UFMG.

Os cursos são gratuito, à distância e cada um tem carga horária de 30 horas.

Tecnologias Assistivas: audição

Por meio deste módulo, o objetivo é promover a atualização dos participantes sobre o emprego dessas tecnologias no âmbito da habilitação e da reabilitação de surdos e pessoas com comprometimentos auditivos nos mais diversos graus.


Tecnologias Assistivas: visão

 Por meio deste módulo, o objetivo é promover a atualização dos participantes sobre o emprego dessas tecnologias no âmbito da habilitação e da reabilitação de cegos e pessoas com baixa visão.


Tecnologias Assistivas: habilidade física e motora

Por meio deste módulo, o objetivo é promover a atualização sobre o uso terapêutico das tecnologias assistivas no âmbito da habilitação e da reabilitação das pessoas com deficiência, enfocando habilidade física e autonomia motora com utilização das órteses, próteses e meios auxiliares.


Tecnologias Assistivas: ampliação da comunicação

 Por meio deste módulo, o objetivo é promover a atualização dos participantes sobre o emprego dessas tecnologias no âmbito da habilitação e da reabilitação de pessoas com capacidade de comunicação limitada e/ou comprometida.

MAIS INFORMAÇÕES

Período de Matrícula: 5 de março a 30 de junho de 2018
Data limite para conclusão do Curso: 30 de julho de 2018

Modalidade: desenvolvido à distância e sem intermediação de tutor, professor ou orientador (curso autoinstrucional), seu conteúdo pode ser acessado em computadores, laptopstablets e smartphones, por meio de qualquer navegador.

Carga horária: 30 horas online (todas as atividades, inclusive itens de avaliação, estão disponibilizadas em ambiente virtual de aprendizagem)

Declaração de conclusão: Curso de Extensão

** A declaração de conclusão é emitida online e enviada por e-mail em até 3 dias úteis após o término do curso pelo aluno (caso o documento não esteja em sua caixa de entrada nesse prazo,  verifique a caixa de spam). 


ACESSE OS CURSOS PELO LINK –> https://www.nescon.medicina.ufmg.br/cursos/

Comissão aprova agravante para desrespeito a consumidor com deficiência

Foi aprovado ainda projeto que obriga fornecimento de versão em áudio de manual a consumidor com deficiência visual

braile

(descrição da foto: mão direita lendo um texto em braile)

RIO — A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência aprovou na última sexta-feira duas propostas que beneficia pessoas com deficiência. A primeira proposta aprovada torna mais grave o desrespeito ao Código de Defesa do Consumidor (CDC – Lei 8.078/90) praticado contra pessoa com deficiência. Os parlamentares aprovaram, com emendas de redação, o Projeto de Lei 7127/17, de autoria do deputado Celso Russomanno (PRB-SP).

Atualmente, o Código considera agravante apenas os crimes praticados contra pessoas com deficiência mental. Porém, o texto aprovado passa a considerar agravantes dos crimes tipificados no CDC os cometidos contra pessoa com qualquer tipo de deficiência Ao analisar a proposta, o relator, deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), concordou com a alteração, mas apresentou emendas para corrigir imprecisões de redação.

“Muito embora concorde com a iniciativa, não posso deixar de apontar a imprecisão no emprego da terminologia ‘pessoa portadora de deficiência’, em vez de ‘pessoa com deficiência”, disse Leite, que também optou por excluir do texto a expressão “interditada ou não”, que se referia ao fato de a pessoa com deficiência ser plenamente responsável por seus atos ou não.

O projeto será analisado ainda pelas comissões de Defesa do Consumidor; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, segue para o Plenário.

Manual de instruções e de serviços em áudio

A comissão aprovou também o Projeto de Lei 3513/15, que obriga fabricantes de produtos a fornecer ao consumidor com deficiência visual versão em áudio do manual de instruções de uso. Pelo texto, caberá ao consumidor interessado solicitar a versão em áudio do manual de instruções do produto. O arquivo sonoro deverá ser disponibilizado na internet para ser baixado gratuitamente no prazo de até 15 dias.

Quanto ao fornecimento de serviços, o projeto, do senador Jayme Campos (DEM-MT), prevê que a empresa coloque à disposição do consumidor versão em áudio das normas de prestação do serviço, antes e durante a sua execução.

Relator, o deputado Mandetta (DEM-MS) afirmou que a proposta está em sintonia com a ideia de criação do Estatuto da Pessoa com Deficiência.

“É clara a necessidade de um manual de instruções para ser possível operar diversos produtos ou compreender a forma de entrega de diferentes serviços, por isso acreditamos ser bastante razoável que todos os produtos e serviços venham acompanhados de manual de instruções em áudio”, disse o relator.

Neste caso, o projeto será analisado, em caráter conclusivo, ainda pelas comissões de Defesa do Consumidor e a de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Fonte: o Globo

Orientação e Mobilidade – caminhar sem ver

Quem nunca ficou agoniado ao ver uma pessoa cega, com bengala caminhando sozinha na rua? E quando ela para em uma esquina para atravessar a rua? Dá aquela vontade de ir correndo e pegar no braço  e sair puxando.

Não. As coisas não são bem assim. Nenhum cego ou deficiente visual sai para as ruas sem antes passar por um longo período de treinamento. Pessoas muito bem capacitadas auxiliam na formação de pessoas com deficiência visual, baixa visual ou cegueira. O trabalho é longo e muito estruturado.

Tive o prazer de fazer um  rápido treinamento na Fundação Dorina Nowill. Em duplas, um com olhos vendados e o outro conduzindo-me, saíamos de uma sala e nos dirigíamos até a rua. Muito medo, tensão no corpo, passos lentos e pequenos tropeços. A pessoa que me conduzia tinha que me orientar e antecipar. Eu, como uma pessoa com memória visual, conseguia imaginar e criar o que ela relatava. Tive que confiar e por alguns minutos fiquei totalmente dependente. Mas pensei, e se fosse só eu e a bengala????

A orientação e mobilidade dá independência e autonomia ao deficiente visual. A condição de ir e vir, sair, passear, trabalhar, namorar, viver. Claro que a falta de acessibilidade e sinalizações adequadas provocam trombadas, batidas de cabeça e hematomas. Algumas sinalizações são possíveis e indispensáveis, pois dão autonomia e segurança aos deficientes visuais e pessoas com baixa visão:

Piso Tátil é o piso diferenciado com textura e cor sempre em destaque com o piso que estiver ao redor. Deve ser perceptível por pessoas com deficiência visual e baixa visão.

Existem dois tipos de piso tátil: piso tátil de alerta e piso tátil direcional.

O piso tátil de alerta ou “piso de bolinha” é instalado em início e término de escadas e rampas; em frente à porta de elevadores; em rampas de acesso às calçadas ou mesmo para alertar quanto a um obstáculo que o deficiente visual não consiga rastrear com a bengala. A cor contrastante serve para auxiliar a pessoa que tem baixa visão.

piso tatil1

O piso tátil direcional é colocado em locais amplos onde não tem ponto de referência que seja detectado com a bengala e serve como guia direcional.
piso tatil 2

A Fundação Dorina oferece, gratuitamente, aulas de orientação e mobilidade para que pessoas com deficiência visual aprendam a se locomover sozinhas nas ruas e no transporte público. E este é um imenso passo em busca da independência!     13939312_1146720122051262_4085838910320895874_n(1) #imagemdescrita Foto mostrando as pernas de 2 pessoas, um homem com calça cinza e uma bengala branca e uma mulher com vestido longo amarelo, acompanhando-o.

Sugestão de Material de apoio: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/ori_mobi.pdf

Sugestão de post: http://www.bengalalegal.com/orienta

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