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novembro, 2021 | Mãos em Movimento Libras e Educação Especial

A VOZ NAS MÃOS: A FALTA DE ACESSIBILIDADE PARA SURDOS NA TELEVISÃO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a UNIVERSIDADE PRESBITERIANA
MACKENZIE como requisito parcial à obtenção de título de Bacharel em Jornalismo Orientador: Prof. Dr. José Maurício Conrado Moreira da Silva

Resumo: Atualmente, apesar dos grandes avanços de acessibilidade e inclusão na sociedade brasileira, a comunidade surda ainda não é contemplada na programação da maioria das grandes emissoras do Brasil. Descumprindo as leis ou apenas realizando as obrigações mínimas, a imprensa televisiva não é acessível em sua maioria. Esse trabalho
tem o objetivo de entender os desafios de membros da comunidade surda em se informarem na sua primeira língua – a Libras. Para isso, mostraremos emissoras que
trabalham e com uma programação acessível e buscaremos entender quais são os
motivos de todas ainda não terem a janela de libras na programação. Procuramos
entender onde os surdos costumam se informar. Os diferentes pontos de vista da problemática construíram o documentário “A Voz nas mãos”.

Por Giulia Gonçalves de Arruda

Esse documentário foi finalizado em novembro de 2021 e desejo que quando alguém for vê-lo futuramente, possa achá-lo ultrapassado, devido as melhorias na acessibilidade para os surdos na TV. Que algumas emissoras de televisão tenham criado núcleos de acessibilidade e implantado em sua grade muitos programas com tradução em Libras. Porém o documentário mostra a falta da interpretação em Libras na grade da televisão e o descaso de várias emissoras, com exceção da TV Cultura, de São Paulo que tem acessibilizado com qualidade a sua programação.

Como diz a autora Giulia Arruda (que é minha filha) : “Poder dar voz, com as mãos, à
uma comunidade invisibilizada, é o primeiro passo para uma mudança necessária e
urgente na comunicação audiovisual. A esperança é de poder conscientizar a sociedade em relação à existência do problema e da necessidade imediata de solução.”

Librário – um jogo de cartas com Libras

Librário é uma ferramenta de tecnologia social que tem o propósito de ensinar Libras brincando e promover a inclusão.

Pesquisando alternativas de ensino/aprendizagem da Libras eu descobri esse jogo: Librário, que é um jogo de 26 cartas sinais, formando os pares de cartas, que possibilita dinâmicas lúdicas.

Apesar do Librario ser um jogo de cartas físicas, eu testei e usei apenas o jogo no app. que é disponível para IOS e ANDROID. No aplicativo temos 3 baralhos: Geral, Arte e Verbos Educativos, totalizando 81 palavras e 81 vídeos educativos mostrando como fazer o sinal de cada palavra. São 2 modos de jogo: Jogo da Memória e do Saci (uma variação do Jogo do Mico).

No Jogo de Memória, o jogador poderá jogar solo ou em dupla e deverá formar pares. Quando o par estiver formado aparecerá um tela com a possiblidade dele treinar o sinal ou assistir o vídeo do sinal do par formado.

Jogo de Memoria
Formando o par e treinando Libras

Já o Jogo do Saci lembra muito o jogo do Mico e ganha quem acabar as cartas primeiro. Você joga com outras 3 pessoas e quando formar um par você pode assistir o vídeo com o sinal ou somente fazer o sinal para treinar.

Jogo do Saci

Eu gostei muito dos vídeos e das imagens. A equipe multidisciplinar que desenvolveu o jogo é de Minas Gerais, portanto pode haver diferenças de alguns sinais entres os estados do Brasil.

Para baixar….

QR code para baixar o aplicativo

Um maneira de aprender e treinar Libras no seu celular. Mais informações no site Librário: https://www.librario.com.br/

ETERNOS – PRIMEIRA HEROÍNA SURDA DA MARVEL STUDIOS

Estrelado por Salma Hayek e Angelina Jolie será o responsável pela introdução de vários novos super-heróis no MCU, incluindo Makkari, que será a primeira heroína surda da Marvel Studios. Em recente entrevista ao The New York Times, Lauren Ridloff comemorou sua personagem. “Meus dois meninos, que também são surdos, vão crescer em um mundo onde há super-heróis surdo. Isso significa que eles serão capazes de sonhar um pouco mais além”, disse ela, que ainda relatou como surgiu a oportunidade de participar do filme.


A atriz, que é deficiente auditiva desde o nascimento, ainda comentou que recebeu ajuda de Angelina Jolie durante as filmagens. Foi a intérprete de Thena quem sugerir uma solução para tornar a comunicação com Ridloff mais fácil. “Em algumas cenas, tive que ficar de frente para uma parede. Sendo uma pessoa surda, como você me dá sinais? Em dado momento, eu estava compartilhando minha frustração com Angelina Jolie. E ela imediatamente fez uma sugestão: por que não usamos uma caneta a laser que os efeitos especiais possam apagar facilmente? Aquele foi um momento de surpresa”, falou. “Sempre que estou olhando para uma parede, os intérpretes usam uma caneta a laser para fazer um círculo na parede, o que significa rolling, rolling, rolling [gravando] e, uma vez que ele vai embora, eu entendo que é ação“, acrescentou.

Ridloff ainda contou que, durante a gravação de uma das cenas que tinha um grande estampido, todos os integrantes do elenco estavam usando protetores auriculares, menos ela. “Um homem, então, perguntou se eu tinha certeza”, brincou a atriz. “Naquele momento, eu me senti como um super-herói. Todo mundo comentou como o barulho havia sido alto”, completou.
A atriz também falou que chegou às gravações decidida a mostrar que não era frágil e que seria fácil trabalhar com ela. “Depois de trabalhar com o elenco, eu percebi que todos tinham os seus desafios e que eu não precisava pedir desculpas pelas minhas limitações, mas apenas fazer o meu trabalho. Muitas vezes, me senti pressionada porque estou abrindo caminhos para outros atores surdos, mas sempre lembro que o meu papel é inspirar as pessoas. Quando eu estava crescendo, eu não sonhava em ser atriz, nunca me imaginei nas telonas. Quando criança, muitas vezes, me senti como a única surda do planeta. Agora, como adulta, sei que existem, pelo menos, 466 milhões de pessoas com essa mesma dificuldade. Não sou a única. E isso é o que significa representar a primeira heroína surda. Nós não estamos sozinhos, e todos verão as possibilidades que nós temos”, concluiu.

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