O Catavento é um espaço cultural voltado para a ciências, localizado em São Paulo, em um antigo prédio que já foi sede da prefeitura de São Paulo. O lugar é maravilhoso e as exposições idem. Arrisco-me a dizer que algumas áreas temáticas não deixam nada a desejar ao museu de História Natural de Londres, que visitei em 2007.
Hoje estive acompanhando os alunos da escola que leciono ao Espaço Catavento. Eram 30 alunos surdos, alguns professores e inspetores de alunos. Os grupos de escolas agendados são acompanhados de monitores. Os monitores são jovens, alegres e bem preparados, mas……(aí entra o motivo deste post), não há monitores que conheçam a LIBRAS (língua brasileira de sinais).
A acessibilidade é o que difere os museus e espaços culturais brasileiros com os de países de primeiro mundo. Hoje existem vários recursos tecnológicos que possibilitam a tradução simultânea de audio para a língua de sinais. Há oferta de profissionais com conhecimento em Libras. Se o agendamento foi feito previamente, o Catavento teria como obrigação dispor de um profissional que usasse a Libras para apresentar todo o espaço para os alunos surdos. Claro que a maioria dos professores sabe libras (claro que todos DEVERIAM ser fluentes) e nós professores interpretamos para os alunos, mas estou pensando naquele surdo que vai desacompanhado ou no surdo que está incluído e não tem um professor fluente em libras. E estou pensando que acessibilidade é um direito.
#prontofalei
……………Acessibilidade não é só rampas………………….

Pedagoga com habilitação em Educação de Deficientes da Audio-comunicação. Psicopedagoga e professora de surdos.
Apaixonada por tecnologia assistiva e mídias sociais. Sonhadora, acredita na inclusão, no respeito as diferenças e no direito a igualdade. Viu muita coisa mudar desde que se formou, mas sabe que tem muita coisa a ser feita.
Viajante, mãe da Giulia, chocólatra e adora tomar cafés com ela mesma ou com amigos.